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  • Foto do escritorAriane Sasso

BIM, achei que a série tinha acabado, mas ontem surgiu um raciocínio rápido - Parte 4.


De fato a série seria encerrada na parte 3, mas ontem, fazendo levantamento e conferências sobre as propriedades térmica dos materiais do edifício SIA 600, de Brasília, para etiquetagem PBE Edifica aconteceu algo que tem tudo haver com Eficienticismo* e com o que fora proposto na parte 3.

fonte: graphisoft

Urgências: Absortância e Transmitância Térmica.

No fim do dia estava super feliz porque as fachadas do edifício que estou analisando para o Programa Brasileiro de Etiquetagem Energética estava fechando nível A¹. Um dia inteiro de trabalho com uma notícia excelente no fim do dia! Perfeito!

Até eu me dar conta, na revisão, de que havia esquecido do mais importante... a face do edifício que mais toma sol.

Não! Não era a fachada Oeste. Essa já havia fechado com um glorioso A... Era a cobertura.

Minha etiqueta simplesmente despencou de A para C em 30 minutos.

Isso se deve a alguns fatores:

  • Primeiro: a cobertura e seus acabamentos são algo que, quando ninguém vê, não recebem a atenção que deveriam receber;

  • Segundo: quase ninguém se lembra que é a parte do edifício que mais recebe calor;

  • Terceiro: porque não se sabe da importância que têm, especialmente sobre ABSORTÂNCIA e TRANSMITÂNCIA TÉRMICA².

  • Quarto: porque essas referências sobre as propriedades térmicas para o PBE Edifica ainda são baseadas em INSUFICIÊNCIA, ou IMPRECISÃO DE INFORMAÇÕES.

Hoje essas informações são catalogadas pelas normas técnicas e tabelas que servem como parâmetros para o RTQ-C, e não na informação específica daquele produto ou material. Não houve medição individual daquele objeto.

Que lástima!!!!

Edifício SIA 600, Brasília - CoDA

E o que isso tem haver com BIM?

Exatamente o mesmo que estávamos falando na Parte 3 da nossa série. (link no final)

A história das informações sobre sustentabilidade dos produtos.

Então quero chamar atenção mais uma vez para os produtores e fabricantes da construção civil.

Está na hora de investir nas medições relacionadas às características térmicas do seu produto. Pois a informação aferida, conforme normatização vigente, e repassada pelo fabricante sobrepõe o que está previsto nas planilha base do Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ-C).

Se você produz painéis de fechamento, ou telhas: Suas informações reais poderão fazer grande diferença na hora da verificação da envoltória dos edifícios.

Hoje a verificação da absortância, se o fabricante não disponibiliza essa informação, por exemplo, é feita sobre a cor do material.

Então um material LEED corre o risco de derrubar uma etiqueta para C, ou ser obrigado a passar por simulação computacional, conforme o RTQ-C, pois sua cor, pelo pré-requisito da absortância, não garante nível A???

SIM!!! Exatamente!

Isofachada ISOESTE - Material LEED - http://www.isoeste.com.br/wp-content/uploads/2015/03/painel-texturizado.png

Isso que eu estou apontando é MUITO sério!!!, pois o método prescritivo é muito mais barato e acessível que o método de simulação em conformidade com o RTQ-C.

Essa informação, aferidas em conformidade com as normas, e repassada ainda na fase de modelagem podem ajudar os profissionais que já estão atentos ao PBE Edifica, ainda na fase de projeto.

E ajudaria a evitar a calamidade de correções (reformas), em obras seminovas, para conquistar etiqueta PBE Edifica - A.

DICA DA ARIANE:

Empresas: Já possui informações técnicas sobre as características térmicas do seu produto? Então coloque em um outdoor bem grande pra todo mundo saber. E prepare seus modelos BIM com essa informações em destaque! Se possível escrito: PBE Edifica! Ok?

Profissionais: Fiquem super atentos sobre os produtos de acabamento para envoltórias. Nas zonas bioclimáticas brasileiras de 3 a 8 derrubam facilmente do nível A para C, ou D no Programa Brasileiro de Eficiência Energética. Dúvidas fale com o seu fornecedor!

DICA DA ESPECIALISTA:

Decidir na modelagem é muito mais eficiente.

Disponibilize as informações térmicas e as relacionadas ao ciclo de vida dos materiais para os "cardápios" dos seus produtos via BIM o quanto antes!

Link da parte 3: http://bit.ly/arqmaisBIM3

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REPENSE!!!

Ser mais eficiente é obrigação da construção civil!

REDUZA!!!

Reduzir o consumo não é opção!

 

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Ainda tem dúvidas??? Entre em contato!!!

YT: Arianesas

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Insta: arq.ariane.e53

ariane@e53.arq.br

AbraSasso!!!

 

* EFICIENTICISMO - estilo construtivo e arquitetônico que terá obsessão pela eficiência e pela qualidade das construções, apoiada por certificações e selos referentes as capacidades e qualidades da construção em relação à sustentabilidade na construção civil. Definição da autora.

1. Qualificação do Programa Brasileiro Etiquetagem para edifício - Nível A a Nível D.

2.Propriedades físicas dos materiais - Absortância: capacidade de absorver energia do espectro solar; Transmitância: capacidade de transmitir energia absorvida. Ambas na forma de calor.

Bibliografia e fonte de imagens:

ELETROBRÁS/PROCEL/CB3e- UFSC, Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas (Portaria:nº 372/2010)

ELETROBRÁS/PROCEL/CB3e- UFSC, Manual para Aplicação do RTQ-C - Comercial, de Serviços e Público. V 4. abril 2017.

http://www.coda.com.br/projetos/Corporativo/edificio-sia-600, Fotos: Haruo Mikami

http://www.isoeste.com.br/portfolio_item/isofachada-texturizado/

 

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